Outro dia alguém me falou, por falar
que tudo hoje é descartável
nada é mais constante, durável.
Você consome, e depois some no ar.
Mesmo de madeira, pedra ou metal
Não é como a madeira de anos atrás
Muita tecnologia que em pouco desfaz.
Dê aparência boa e forte, mas no fundo banal.
Parece simplório generalizar assim o mundo,
mas não são só os materiais
é tudo, é a vida, o amor, e mais...
Findam a madeira de lei e o sentimento profundo.
Tudo é superficial, é frio, é trivial
Como um verso raso, sem sentido
Que sujo, deixa o papel descolorido,
E faz da vida um quadro sempre igual.
A vaidade que nos sustém
Numa sociedade podre, decaída,
Que é descartável também
Como uma peça nova a ser adquirida.
Não mais reciclamos
O inútil vai embora
Aí nos enganamos
E o fútil nos devora.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Música
não minta que sente fingindo descente dizendo que não me viu quem nunca mentiu não desista da guerra que a luta encerra no peito que feriu q...
-
Há tempos que “as folhas” me olham desconfiadas Do suicídio que me permito dia-a-dia Infelizes árvores abandonadas Trancadas pela rotina vaz...
-
Máquina rebelde atreve-se a me desafiar? Quando digo: “– Vai daqui para lá!”, não se move. Indiferente fica parada a me questionar. De frio ...
-
O controle da vida que eu queria ter era escrever sem espaço, sem ponto, sem vírgula, como se escreve, com se sente, como se pensa, como se ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário