UMA FLOR

Quando se abre atrás de mim a porta
Tímida e comum, imponente rainha,
Semblante lindo como alma morta
Entra e procura por yarinha.
Num vaso pequeno, uma flor torta.

Entra e senta no sofá de carmesim
Fala da vida, pergunta de todos que conhece
Responde um por um, menos a mim
Levanta e caminha, mais linda agora me parece
Nem minha mãe foi bonita assim

Num momento de perdição
Tomo-a em meus braços
Cheira como pura flor

Desejo tolo, mesquinho e vão
Solto-a maravilhosa no espaço
Queria dar-lhe todo meu amor.

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