Olho para cima por acreditar em ver, lá em algum lugar, Tudo o que vi antes de passar o tempo, antes de aqui chegar. Não vejo aquela felicidade ou lamento, nada parece agradar, Sinto vontade de sair para os amigos rever, sinto vontade de gritar. Como um caixote velho eu fui largado, por aí perdido, Na mesma terra em que sempre pisei, que pensei ter vivido, Nos tristes braços de quem mais amei, de quem havia perdido, Por pensar muito nunca lhe falei, até que já havia partido, Mas pude ver nos olhos que olhei, que o amor não tinha morrido. Depois ao acordar e ver onde estou, cinza quieto e hostil, Lugar desconfortável que agora me restou, lugar febril, Sem beleza ou alegria alguma se assemelhou, vida que partiu, Olhei para cima quando o caixão fechou, mas ninguém me viu.
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