não minta que sente fingindo descente dizendo que não me viu
quem nunca mentiu
não desista da guerra que a luta encerra no peito que feriu
quem nunca desistiu
não fuja pra lonje não queira ser monje porque o coração partiu
quem nunca fugiu
não sinta vergonha do pouco que sonha porque o céu não abriu
quem nunca sentiu
não ria de quem você ama nem mesmo na cama depois que véu caiu
quem nunca riu
não pense maldade da pouca verdade que a vida lhe contou
quem nunca pensou
não fale mentiras sorrindo sempre fingindo que o sonho não acabou
quem nunca falou
não troque de amigos como se fossem artigos que o tempo mandou
quem nunca trocou
não perdoe falsidade nem na maior idade relembrando quem magoou
quem nunca perdoou
não chore pelo passado que inacabado ao seu coração retornou
quem nunca chorou
não leia bula de remédio por causa do tédio que a rotina lhe prendeu
quem nunca leu
não morra de amores pelas mesmas dores que todo mundo já sofreu
quem nunca morreu
não perca seu tempo com o pensamento que o melhor você não viveu
quem nunca perdeu
não trema de medo da vida diante de quem duvida que o pior já aconteceu
quem nunca tremeu
não bata palmas pros dirigentes que fingem descentes que o problema é seu
quem nunca bateu
O MuNdO dO SaPo
"I've got a little black book with my poems in..."
tese:
o que eu quero ser daqui a 1min .. iççu é o que eu sou agora!
o que eu fui a 1min atrás jah não sou mais eu... já tenho outros objetivos .. já sou outra pessoa...
2min a frente da pessoa que eu fui!
OBS: a partir de conversa com tay... madrugada de teorias
o que eu fui a 1min atrás jah não sou mais eu... já tenho outros objetivos .. já sou outra pessoa...
2min a frente da pessoa que eu fui!
OBS: a partir de conversa com tay... madrugada de teorias
Tentativa e erro
ninguém tem concerto
apenas o maestro.
todo mundo tem problema
menos o concerto
que mesmo estando errado
nunca é descoberto,
é o que dizia
joão das noites
filho de dona maria,
era o que pensava
falecido leoclédio
quando não voava
segundo diz o povo
de onde ele se originara,
que nem sempre diz a verdade
mas mentir não mente
não é povo da cidade
é povo de tudo crente
que nunca ouviu orquestra
mas tudo que sabe sente
que nunca andou de avião
e conhece o mundo pelo cordel
que nunca viu filme de ficção
vive a realidade de inferno e céu.
RARAS
As pedras preciosas sabem que não devem existir.
Mas elas insistem, incidem,
E reincidem.
Quebram paredes e destroçam ossos...
E eu odeio essa perfeição
Com que brilham, vem e vão.
Ofuscam toda minha vida,
Desmentem, desmontam, desdenham de minhas opiniões.
Verdes, vermelhas, douradas...
Azuis, violetas, acinzentadas.
Enojam-se dos normais
Dos planos e das vidas tiradas...
As coisas simples não compreendem,
Complexas e soberanas
Destilam gotas de pureza, de tristeza.
E a humanidade em constante delírio,
Num redemoinho de prazer e dor,
Prostram-se feliz a admirar.
Admirar essas inconseqüentes pedras que não deviam existir!
Mas é tudo uma ilusão...
Mas elas insistem, incidem,
E reincidem.
Quebram paredes e destroçam ossos...
E eu odeio essa perfeição
Com que brilham, vem e vão.
Ofuscam toda minha vida,
Desmentem, desmontam, desdenham de minhas opiniões.
Verdes, vermelhas, douradas...
Azuis, violetas, acinzentadas.
Enojam-se dos normais
Dos planos e das vidas tiradas...
As coisas simples não compreendem,
Complexas e soberanas
Destilam gotas de pureza, de tristeza.
E a humanidade em constante delírio,
Num redemoinho de prazer e dor,
Prostram-se feliz a admirar.
Admirar essas inconseqüentes pedras que não deviam existir!
Mas é tudo uma ilusão...
DESDE ONTEM
No principio da minha monotonia estava a flor numa jarra
Desde ontem a jarra está vazia...
Pensando sem nada sentir na vida que me dei por engano
Desde ontem não há motivos para sorrir...
Meu conforto é um quadro triste em azul oceano
Desde ontem ele existe
Com um pequeno barco solitário, sem velas e sem amarras
Desde ontem parece naufragar...
Perto de mim vejo um sorriso, um meigo meio sorriso
Desde ontem que te preciso
Embora não me contem, que a verdade eu não saiba
Sinto o fim da vida desde ontem...
Desde ontem a jarra está vazia...
Pensando sem nada sentir na vida que me dei por engano
Desde ontem não há motivos para sorrir...
Meu conforto é um quadro triste em azul oceano
Desde ontem ele existe
Com um pequeno barco solitário, sem velas e sem amarras
Desde ontem parece naufragar...
Perto de mim vejo um sorriso, um meigo meio sorriso
Desde ontem que te preciso
Embora não me contem, que a verdade eu não saiba
Sinto o fim da vida desde ontem...
AS COISAS QUE GOSTO
Nem mesmo eu saberia dizer até que ponto tem importância as coisas de que gosto. São tantas. Tantas pessoas, tantos livros, músicas, quadros, fotos, filmes, animais, coisas vivas e mortas. Não cabem em mim, e tão maiores são, que eu em real comparação desapareço “dissolvido” no ar. Eu, que não sei amar, que não aprendi a viver, tenho mais que mereço e não esqueço você. Nem mais, nem menos, o que fica? Não o que ganhamos, e sim o que perdemos!
SOB CONTROLE
O controle da vida que eu queria ter era escrever sem espaço, sem ponto, sem vírgula, como se escreve, com se sente, como se pensa, como se fala, sem tempo, sem acento, sem nada, como me vem à mente, como surge o verso, infinito, controverso. sem regra, sem gramática, sem alfabeto, simples e completo, com os verbos do coração, sem medo, sem trema, tema ou enredo, sem razão. preocupado apenas em viver sem aprender a ler para não mais escrever.
FOLHAS
Há tempos que “as folhas” me olham desconfiadas
Do suicídio que me permito dia-a-dia
Infelizes árvores abandonadas
Trancadas pela rotina vazia
Elas riem-se, debocham de mim
Como se não estivesse perdido
E minha vida fosse sempre assim.
A triste beleza do outono
Traz à vida a luz de um novo amanhecer
Deste caderno azul sem dono
Que rejeita-se a deixar-me adormecer...
Do suicídio que me permito dia-a-dia
Infelizes árvores abandonadas
Trancadas pela rotina vazia
Elas riem-se, debocham de mim
Como se não estivesse perdido
E minha vida fosse sempre assim.
A triste beleza do outono
Traz à vida a luz de um novo amanhecer
Deste caderno azul sem dono
Que rejeita-se a deixar-me adormecer...
MÁQUINA REBELDE
Máquina rebelde atreve-se a me desafiar?
Quando digo: “– Vai daqui para lá!”, não se move.
Indiferente fica parada a me questionar.
De frio não morres
Do calor sempre reclama
Não me socorres, não sais da cama.
Quem é teu comandante?
Sempre com defeito
Sempre com problemas
Corre demais
Cansa demais
Ri demais
E nunca chora.
Não há nada no teto que te interesse
Nem mesmo na rua que lhe deva atenção
Para de estar deitada
A vida é o que você merece
A vida é sua única solução!
Oh máquina, tão perfeita e tão falha!
Vai e segue teu caminho
Às vezes sozinho
Ás vezes na multidão.
Boba e ingênua máquina
Pensa que o mundo se importa
A felicidade, máquina tola,
Não baterá tão cedo sua porta.
E mesmo que aconteça
É obra do acaso, obra boa que talvez te careça.
Mesmo que nada venha
E que pressa tenha
Não sonhes, apenas levanta-te!
Ah! Máquina, ainda há doença, amarguras e mágoas!
Tanto sofrimento por vir
E nada podes fazer para esconder-se ou fugir
Nem tens para onde ir e nem podes ficar...
Pare de se rebelar!
Torne-se minha aliada
Ajude-me a cumprir minhas metas
Por estas estradas tortas e retas
Venha comigo sem se preocupar com nada
Ou apenas me acompanhe
Mas não deixes que o tempo imprevisto te ganhe.
01110000 01101000 01110110 01110110 01101100 01100100 01110110
Quando digo: “– Vai daqui para lá!”, não se move.
Indiferente fica parada a me questionar.
De frio não morres
Do calor sempre reclama
Não me socorres, não sais da cama.
Quem é teu comandante?
Sempre com defeito
Sempre com problemas
Corre demais
Cansa demais
Ri demais
E nunca chora.
Não há nada no teto que te interesse
Nem mesmo na rua que lhe deva atenção
Para de estar deitada
A vida é o que você merece
A vida é sua única solução!
Oh máquina, tão perfeita e tão falha!
Vai e segue teu caminho
Às vezes sozinho
Ás vezes na multidão.
Boba e ingênua máquina
Pensa que o mundo se importa
A felicidade, máquina tola,
Não baterá tão cedo sua porta.
E mesmo que aconteça
É obra do acaso, obra boa que talvez te careça.
Mesmo que nada venha
E que pressa tenha
Não sonhes, apenas levanta-te!
Ah! Máquina, ainda há doença, amarguras e mágoas!
Tanto sofrimento por vir
E nada podes fazer para esconder-se ou fugir
Nem tens para onde ir e nem podes ficar...
Pare de se rebelar!
Torne-se minha aliada
Ajude-me a cumprir minhas metas
Por estas estradas tortas e retas
Venha comigo sem se preocupar com nada
Ou apenas me acompanhe
Mas não deixes que o tempo imprevisto te ganhe.
01110000 01101000 01110110 01110110 01101100 01100100 01110110
S.A.P.O.
Sempre apontando pros otários.
Sozinho apenas por opção.
Silêncioso agora para orar.
Sem amigos pra oposição.
Sorri apático pra oligarquias.
Sem alternativas pro ódio.
Sacanagens amorosas procurando ofertas.
Sempre antenado procurando orgias.
Sistema ativado pelo oxigênio.
Síndrome amorosa paranóica oscilante.
Satisfação amorosa promiscua obrigatória.
Sinceramente arrependido pela obsessão.
Só analfabetos preferem ortografia.
Sozinho apenas por opção.
Silêncioso agora para orar.
Sem amigos pra oposição.
Sorri apático pra oligarquias.
Sem alternativas pro ódio.
Sacanagens amorosas procurando ofertas.
Sempre antenado procurando orgias.
Sistema ativado pelo oxigênio.
Síndrome amorosa paranóica oscilante.
Satisfação amorosa promiscua obrigatória.
Sinceramente arrependido pela obsessão.
Só analfabetos preferem ortografia.
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