As pedras preciosas sabem que não devem existir.
Mas elas insistem, incidem,
E reincidem.
Quebram paredes e destroçam ossos...
E eu odeio essa perfeição
Com que brilham, vem e vão.
Ofuscam toda minha vida,
Desmentem, desmontam, desdenham de minhas opiniões.
Verdes, vermelhas, douradas...
Azuis, violetas, acinzentadas.
Enojam-se dos normais
Dos planos e das vidas tiradas...
As coisas simples não compreendem,
Complexas e soberanas
Destilam gotas de pureza, de tristeza.
E a humanidade em constante delírio,
Num redemoinho de prazer e dor,
Prostram-se feliz a admirar.
Admirar essas inconseqüentes pedras que não deviam existir!
Mas é tudo uma ilusão...
Música
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