Estou com sono, muito sono
Cansei de estar acordado
Se quero beber, bebo
Se quero comer, como
Mas continua tudo errado.
De nada adianta o civismo
Iluminismo, cristianismo
Tanta coisa na cabeça
Para que cedo ou tarde se esqueça
A vida cheia de remanescências
É a vida em decadência
Tão boba, tola, pequena
Mesquinha, “vida problema”
Alienados, desmiolados, mal-amados
Seguem vivos sem viver, bitolados.
Ah! Se eu manda-se no mundo
Não haveria festa, só lamento
Sem essa gente cabeça-de-vento
Escrevendo a vida em verso imundo
Sem tu, sem eu, e fim de história.
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